Terapia Especial
Terapia para Tristeza e Depressão
Uma história comum entre depressivos
Há anos atendi uma aposentada de meia idade, divorciada, diagnosticada com depressão e transtorno bipolar. Após recebê-la contatei seu psiquiatra e nos unimos em seu tratamento por alguns anos, nos quais identificou-se o trauma que resultou naquele quadro depressivo bipolar. Abordada a causa, tratou-se suas consequências marcadas por conflitos não resolvidos, mágoas e rancores que remontavam à sua adolescência. Embora não havendo possibilidade humana de cura devido ao tempo decorrido, houve, contudo, melhora significativa em sua qualidade de vida, acorrendo inclusive um novo casamento. À época apliquei o que hoje denomino de Terapia Reparativa, numa abordagem sob a cosmovisão judaico-cristã semelhante à do falecido pastor e terapeuta austríaco dr. Pfister, amigo do dr. Freud (Oskar Pfister: Trajetória do Pastor e Psicanalista).
Diagnóstico da depressão
O diagnóstico baseia-se num conjunto de sintomas: “[…] não há testes de laboratório ou de [imagens] que possam diagnosticar a depressão […] há testes que podem ser considerados sugestivos, mas até o presente, nenhum deles foi validado como diagnóstico” (Hodges, C., Depressão e Transtorno Bipolar – Ajuda e Esperança para o Enfrentamento Eficaz, p.25, 2012). Hodges, citando a obra dos drs. Horwitz e Wakefield (The Loss of Sadness: How Psychiatry Transformed Normal Sorrow into Depressive Disorder) sugere que tristeza não superada pode gerar um diagnóstico depressivo sem necessariamente haver a doença (Op. Cit., p. 61). Destaca-se que há doenças que geram sintomas depressivos, como o Hiper ou Hipotireoidismo, a Hipocalemia, a Hiponatremia, o Hiperparatireoidismo, a doença de Chushing, o Hipopituitarismo, a Porfiria, a Doença de Wilson e a Doença de Wernicke-Korsakoff, doenças neurológicas, o Câncer, e até o uso de drogas lícitas ou não (Op. Cit., p. 189-191).
Terapia no tratamento da tristeza e depressão
Durante a “terapia” aplicada à senhora acima citada, era óbvio que se a causa principal do conflito que gerou o seu trauma houvesse sido adequadamente tratada, o diagnóstico depressivo bipolar talvez pudesse ser evitado. O recomendado a fazer, portanto, é que se busque uma terapia de natureza preventiva ao constatar-se a persistência de tristeza que indique um quadro depressivo – considerando-se também a possibilidade de doenças como as anteriormente citadas. Durante a terapia o paciente será cuidadosamente conduzido numa análise sociofamiliar a fim de identificar-se a existência da causa da profunda tristeza no intuito de lidar satisfatoriamente com o trauma que a gerou.
Deus no processo terapêutico – o que isso significa?
Deus no processo terapêutico não significa proselitismo ou constrangimento religioso, mas uma análise terapêutica necessária a fim de se constatar a qualidade da relação do paciente com Deus, tendo em vista a inegável influência benéfica ou maléfica da fé religiosa no humor humano. Para um conhecimento mais amplo deste assunto acesse minha monografia de psicanálise: O paciente e sua crença em Deus – uma necessidade psicanalítica.
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